segunda-feira, 26 de março de 2007

O que é o insight?

Espero que o seguinte texto nos ajude a compreender um pouco melhor o sitsema filosófico de Lonergan:

Tradução do livro MEYNELL, Hugo A. – An Introduction to the Philosophy of Bernard Lonergan. 2ª Edição, Londres: Macmillan Academic and Professional Ltd, 1991, p.2-3.

O termo insight dá-nos uma pista em relação à teoria fundamental do conhecimento e da ciência que está na base da filosofia de Lonergan. O físico, o químico, o historiador e o sociólogo são confrontados à primeira vista com diversos bocados de informação; um insight é o acto mental pelo qual estes diversos bocados são apreendidos como coerentes num todo ordenado e inteligível. [...]

Insight é uma ocorrência familiar a todos, apesar de possuir algumas manifestações e implicações recônditas e obscuras. Existem insights quando subitamente ocorre ao astrónomo que as anomalias detectadas na órbita de um planeta observado se devem à presença de outro planeta que ainda não tinha sido descoberto; ao físico teórico quando as riscas na chapa fotográfica à sua frente são passíveis de ser tidas em conta para o postulado de um novo tipo de partícula fundamental; quando o homem do senso comum se apercebe de um olhar estranho por parte do seu vizinho e olha para as inesperadas ocorrências de má sorte no seu negócio como sendo causadas pela tentativa deste o enganar. O processo pelo qual chegamos a conhecer a verdade sobre o mundo consiste numa repetição uma e outra vez de três passo: experiência entendimento e julgamento. A experiência apenas nos dá bocados descoordenados de dados; o entendimento capta por insight a unidade inteligível presente nesses bocados, elaborando uma teoria que sirva para eles; no julgamento, por meio do qual a realidade é conhecida, afirmamos que a teoria é verdadeira e que o estado de relações postulado corresponde ao caso ocorrido, verificando ou não o julgamento, tipicamente recorrendo a um novo apelo aos dados.

Numa famosa passagem, Eddington perguntou qual era a verdadeira mesa, se o artigo sólido, pesado e colorido do senso comum e da experiência elementar, ou se era o espaço quase vazio habitado por um enxame de partículas incolores, como alega o físico. De acordo com Lonergan, cada maneira de falar, a do senso comum e a cientifica, tem o seu tipo de validade e propriedade, uma vez que o senso comum procura a relação das coisas para os nossos sentidos e a ciência as relações inteligíveis entre elas.



A tradução foi realizada por mim, portanto é capaz de não estar 100% correcta. Espero que seja uma ajuda

1 comentário:

mch disse...

A tradução está boa