Depois que Darwin apresentou as suas teses a respeito do desenvolvimento natural do Homem e das sociedades, alguns grupos de cientistas e sociólogos levaram-nas muito “à letra” e, em certo sentido, de forma errónea. O termo “Darwinismo social”, divulgado em 1944 pelo historiador Richard Hofstadter (principalmente), traduziu-se numa tendência geral em analisar o ponto evolutivo das civilizações daquela época, relacionando o grau de desenvolvimento com a sua capacidade de adaptação, e, por conseguinte, a considerar a existência de sociedades fracas e sociedades fortes, sendo as primeiras subjugadas ao poder das outras. No fundo, é a conversão de uma teoria biológica numa doutrina social que assiste à sua aplicação no âmbito político.
As conclusões desta mentalidade e ideologia extremista constituíram um retrocesso em todo o processo que vinha sendo feito em vista à igualdade e liberdade dos povos, à sua própria auto determinação, e as suas consequências práticas foram dramáticas, uma mancha triste na História da humanidade.
Os defensores do “Darwinismo Social” consideravam o povo Europeu o topo actual do desenvolvimento e os povos africanos, muito concretamente, mais atrasados (com menos capacidades que se reflectem nas condições e meios que têm) e portanto sujeitos ao poder do povo mais forte. Aqui a exclusão racial adquire um “pseudo” fundamento científico, o colonialismo, apesar de já decadente, parece receber novo vigor ou justificação.
sexta-feira, 6 de julho de 2007
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