domingo, 24 de junho de 2007
2007 Lonergan Workshop
The ‘Not Numerous Center’: For Insight’s 50th Anniversaryand Method in Theology’s 35th Anniversary34nd Annual Lonergan WorkshopJune 17-22, 2007, Boston College
Classical culture cannot be jettisoned without being replaced; and what replaces it, cannot but run counter to classical expectations. There is bound to be formed a solid right that is determined to live in a world that no longer exists. There is bound to be formed a scattered left, captivated by now this, now that new development, exploring now this, now that new possibility. But what will count is a perhaps not numerous center, big enough to be at home in both the old and the new, painstaking enough to work out one by one the transitions to be made, strong enough to refuse half-measures and insist on complete solutions even though it has to wait. [B. Lonergan, "Dimensions of Meaning," Collection, Collected Works 4, 244-5]
sexta-feira, 15 de junho de 2007
A Possibilidade da Ética
Bem Haja a todos os Livres Pensadores, discípulos encantados de Bernard Lonergan que, acima de tudo comoveu-me tanto, apesar de ter dado ao torno no final do semestre.
Edgar Paulo Cadir
quinta-feira, 14 de junho de 2007
Inteligência: Um estudo do conhecimento humano, 1957
[1] O modelo que usa de formação da personalidade baseia-se em psicólogos de vanguarda como Erik Erikson e Abraham Maslow.
[2] Epílogo
quarta-feira, 13 de junho de 2007
Extracto da "Nota introdutória" do meu trabalho
Por tudo isto, o pensamento de Bernard Lonergan é tão fascinante: apesar da diversidade dos assuntos tratados, que, para o comum dos pensadores actuais, ainda são antagónicos, impossíveis de conciliar, Lonergan encontra uma Unidade que flui ao longo de todo o seu pensamento.
Mas afinal o que é Desenvolvimento?
terça-feira, 12 de junho de 2007
Darwin e a concepção de desenvolvimento. Extrato do meu trabalho
A sua obra de referência, «On the Origin of Species by Means of Natural selection, or preservation of favoured races in the struggle for life», em português «A origem das espécies», publicada em 1859, em que Darwin sustenta as suas teses, como se perceberá, teve uma má recessão por parte da sociedade científica do seu tempo.O conceito de Evolução[1], para Darwin, não pode ser associado necessariamente ao de melhoria[2], é antes uma capacidade que os seres têm de se adaptarem face às condições do meio para não se extinguirem. Contudo, podemos afirmar que, segundo as circunstâncias, se se neutraliza a sua extinção, há uma melhoria pela conservação do Ser.
[1] “Darwin preteria o termo evolução em favor do termo descendência com modificação, pois não se sentia à vontade com a noção de progresso ou com a ideia de estruturas orgânicas «superiores» e «inferiores», uma vez que cada organismo se adapta bem ao seu meio ambiente como o homem ao seu.” – Artigo Marx, Darwin e o progresso, p. 4. Aqui será utilizado com esse sentido.
[2] Visão diferente tinha Marx, ele “não dissociava evolução de processo, pelo menos em termos de domínio crescente na história humana sobre as forças naturais…”. Artigo Marx, Darwin e o progresso, p.2.
sexta-feira, 8 de junho de 2007
Universo computável????
Um exemplo fácil (é o exemplo referido num primeiro ano de Eng. Informática) é que não é possivel computar um programa que diga se um outro vai entrar em ciclo infinito. Se acrescentarmos a isto o facto de eu poder pensar neste programa, logo a minha consciencia é capaz de o conceber, vemos que os limites da computabilidade são mais restritos do que por vezes se pensa. Na verdade, existe na consciencia algum elemento que não é computável!
Mais informações sobre os fundamentos desta pequena observação.
quarta-feira, 6 de junho de 2007
Inteligencia Artificial Forte
Uma das posições materialistas mais vezes considerada como válida é aquilo a que se pode chamar de Inteligencia Artificial Forte (Strong Artificial Inteligence ou Strong AI), que passa no fundo por postular que um computador, se elevado à perfeição em termos de complexidade da máquina humana, e, correndo o programa certo, possuiria actos normalmente classificamos de mentais, tais como dor, prazer, crenças, etc.
A meu ver, tal visão é incorrecta, até porque nega a base de todo o agir humano: o tal Insight que Bernard Lonergan refere. Existe algo mais que permite aos humanos poder ter actos de intelecção, e esse algo não tem que ser necessariamente computável.
domingo, 3 de junho de 2007
sexta-feira, 1 de junho de 2007
Protocolo da 13ª sessão
Participantes:
Prof. Doutor Mendo Castro Henriques
André Luís Gomes Martins
António Fernando Teixeira Cardoso
Bruno José Martins Domingos
Edgar Paulo Cadir
Fernando Manuel Marques Apolinário
Francisco Manuel Narciso
João Paulo Machado de Freitas
Martiniano Pedro Moutinho Rato
Paulo Alexandre Alves
Quintino Martins Trinchete
Ruben Dario Romero Ribeiro
A sessão iniciou-se com a leitura, discussão e correcção do protocolo relativo à sessão anterior. De seguida procedeu-se à continuação da leitura e análise do Epílogo da obra Insight de Bernard Lonergan.
Na parte que foi lida, Lonergan aborda qual pode ser o impacto da sua obra na teologia. Apesar de ser um teólogo, a obra Insight é escrita segundo a perspectiva do filósofo, sendo portanto uma obra de filosofia. Mas não é uma obra de filosofia que se isola num domínio concreto, como se construísse um sistema filosófico, mas sim uma obra que aborda aquilo que é o entendimento humano (daí o subtítulo).
Neste aspecto, Lonergan aponta três pontos principais sobre os quais a sua obra oferece contributos importantes:
1º ponto: A filosofia de Lonergan abre espaço para uma interpretação do dogma que não cai nos excessos dos fideístas que negam qualquer racionalidade na fé e que o acusam de ser frio, desprovido de caridade, nem nas críticas dos racionalistas que o acusam de ser irracional e infundamentado. Resta acrescentar que as criticas dos fideístas são muitas vezes causadas pelas contra-posições dos filósofos, como por exemplo Descartes, que fazem apelo a conceitos que são contra a experiência humana, como fazer depender a existência do pensamento humano: “Eu penso, logo existo”.
2º ponto: Em teologia, como no resto das ciências humanas, saber colocar correctamente um problema elimina per si uma série de falsas questões. É este um dos pontos que conduz a uma grande dificuldade na matemática: à preguiça que leva à pouca destreza dos alunos no cálculo junta-se a falta de eficácia em equacionar (colocar em equações) um problema. Neste domínio os povos orientais, como por exemplo a China e a Índia, têm um maior avanço, sendo a estes e não aos árabes, como muitas vezes se julga, que se deve atribuir muitos dos grandes avanços matemáticos, como, por exemplo, a “invenção” do número zero.
3º ponto: Há que saber colocar correctamente o lugar do mistério e, portanto, da própria fé. Já no concílio Vaticano I (1869-1870), se afirma que a fé é superior à razão (sessão III), embora não se negue que ambas são úteis para o conhecimento humano. Nas próprias palavras do concilio: “O sentimento perpétuo da Igreja católica defendeu também e defende que existe uma dupla ordem do conhecimento, distinta não só segundo o princípio mas também pelo seu objecto. Pelo seu principio, em primeiro lugar, porque numa conhecemos através da razão natural e na outra pela fé divina. Pelo seu objecto também porque, para além daquelas coisas que a razão natural pode alcançar, são-nos propostos para acreditarmos mistérios escondidos em Deus que, se não fossem divinamente revelados, não poderiam ser conhecidos” (DS §3015). Um dos reflexos desta relação fé-razão é o facto de, a partir daí, se começar a dar relevância ao estudo do texto bíblico para além da significação literal do mesmo, olhando, entre outras coisas, para o contexto em que o texto foi produzido.
De seguida, Lonergan faz uma importante distinção entre ser proporcionado e ser sobrenatural. Há aqui que fazer uma ressalva sobre o uso desta palavra, uma vez que o uso que Lonergan lhe dá foi caindo
Como sabemos, Lonergan termina a obra Insight em 1957, antes da convocação do concílio Vaticano II (1959) e do seu período preparatório (1960). Podemos considerar que Lonergan é um dos teólogos que antecipa as ideias do Vaticano II, e dizer até que ele é o Filósofo do Vaticano II.
Foi ainda acrescentado, no final da sessão, que, ao longo do século XIX e XX, no esplendor da modernidade, a religião foi considerada irracional pelo senso comum, e a fé como sendo do âmbito do subjectivo e do pessoal. No entanto, antes da modernidade, até ao século XVII, pelo contrário, o facto da religião ser considerada como absoluta e até como indivisivel, provocou querelas e guerras religiosas. Desta forma, devemos considerar que, uma coisa é a doutrina da Igreja, que sempre proclamou a ligação entre fé e razão e outra coisa é o impacto social desta ligação, que varia com o ambiente cultural de cada época. Lonergan defende que todo o conhecimento humano se articula com a fé, não tendo por isso uma posição apologética. Termino com uma citação da encíclica Fides et Ratio de João Paulo II: “Uma filosofia que se desenvolve de harmonia com a fé, aceitando o estímulo das exigências teológicas, faz parte daquela «evangelização da cultura» que Paulo VI propôs como um dos objectivos fundamentais da evangelização. Pensando na Nova Evangelização, cuja urgência não me canso de recordar, faço apelo aos filósofos para que saibam aprofundar aquelas dimensões de verdade, bem e beleza, a que dá acesso a palavra de Deus” (Fides et Ratio §103).
Paulo Alexandre Alves